terça-feira, 27 de novembro de 2012

Principios do preparo dos dentes ( Prótese Fixa I )

Preparo: Dente preparado por restauração.
imbricamento: Dispor (coisas) de maneira que só em parte se sobreponham umas às outras, como as telhas do telhado ou as escamas do peixe.
Tensão: esforço interno resistente de um corpo submetido a esforço solicitante.

Princípios do preparo dos dentes:
1- Preservação da estrutura do dente.

Além de substituir a estrutura do dente ausente, a restauração deve preservar a estrutura remanescente.

2- Retenção e resistência.Nenhum cemento possui propriedades de adesão suficiente para manter o dente no lugar mediante unicamente a adesão.

Retenção: impede que a restauração saia pelo longo eixo de inserção ou eixo longitudinal do preparo.
Resistência: impede deslocamento da restauração pela ação de forças apicais e obliquas e movimentação pela força oclusal.


- CONICIDADE:As paredes axiais do preparo devem ter ligeira conicidade para que a restauração possa fixar-se; ou seja duas paredes externas opostas devem convergir gradualmente ou duas paredes internas divergir para oclusal.

Teoricamente quanto mais paralelas as paredes opostas de um preparo, maior deveria ser a retenção "G.V Black" mas ocorre que na boca é impossível criar paredes paralelas sem recortar profundamente o preparo.

Jorgensen e Kafman: a retenção diminui a medida que a conicidade aumenta.

Para diminuir o mínimo a tensão na interface do cimento entre o preparo e a restauração o ideal é uma conicidade de 2,5 a 6,5 graus, mas é muito pequeno o aumento da tensão quando a conicidade é aumentada de 0 a 15 gaus.
Mas com 20 graus aumenta a concentração de tensão.
Uma convergência total de 16 graus é capaz de oferecer boa retenção.

Preparos com 10 graus em anteriores e 22 graus em molares: O cimento cria uma união fraca, em grande parte por embricamento mecânico entre a superfície interna da restauração, e a parede axial do dente.

Quanto maior a área do preparo maior a retenção.

Preparos em dentes grandes são mais retentivos que em pequenos.

-LIBERDADE DE DESLOCAMENTO:A retenção melhora quando diminui geometricamente o número de trajetórias ao longo das quais a restauração pode sair do preparo.

-COMPRIMENTO:O comprimento oclusogengival (altura do dente)  é um importante fator para a retenção e a resistência. Os preparos mais longos tem superfície maior, e portanto, serão mais retentivos.

Para que o trabalho tenha sucesso, o comprimento deve ser suficiente para interceptar o arco descrito pela restauração quando esta gira sobre um ponto situado na margem oposta.

- Uma parede curta não oferecerá resistência.
- As paredes devem bloquear esse arco para serem retentivas.

Preparos mais curtos devem ter sua conicidade menor possível para aumentar a resistência, mas nem isso irá ajudar se a parede for curta demais.

Pode ser possível restaurar um dente com paredes curtas desde que seu diâmetro seja pequeno. (pequeno raio rotacional para o arco de deslocamento)

A resistência do deslocamento pode ser melhorada em dentes curtos fazendo sulcos nas paredes axiais (reduz raio rotacional.).
Preparo curto com sulcos e o raio rotacional sendo interceptado aumentando a retenção do preparo.
3- Durabilidade da estrutura.

Uma restauração deve conter um volume de material suficiente para resistir as forças de oclusão, e que se limite ao espaço criado pelo preparo.
Apenas desse modo poderá haver harmonia oclusal e contornos axiais normais, evitando-se problemas periodontais em torno da restauração.

REDUÇÃO OCLUSAL:Característica importante para conferir volume adequado e dar resistência a restauração.
Coroa metalocerâmica:Desgaste nas cúspides de corte: 2,0 mm.
Desgaste nas cúspides de suporte: 1,5 mm.

Coroa metaloplástica: 
Desgaste nas cúspides de corte: 1,5 mm.
Desgaste nas cúspides de suporte: 1 mm.

Coroa total metálica:Desgaste nas cúspides de corte: 1,5 mm.
Desgaste nas cúspides de suporte: 1 mm.

BISEL NAS CÚSPIDES FUNCIONAIS:Um bisel amplo nas vertentes linguais das cúspides palatinas dos dentes superiores e nas vertentes vestibulares das cúspides vestibulares dos dentes inferior. "VIPS"
Se não forem feito  podem ocorrer vários problemas: área pode ficar delgada demais, ocorrer perfuração da coroa, sobrecontorno e problemas de oclusão, diminui a retenção pois destruira uma quantidade excessiva do dente.

REDUÇÃO AXIAL:Desempenha papel importante na obtenção de espaço para uma boa espessura de material restaurador.
Se não forem feitas  poderá ocorrer adelgaçamento e distorções, o técnico irá tentar compensar com mais material restaurador o que poderá afetar o periodonto.

Redução axial insuficiente pode criar paredes finas e fracas ou então restaurações convexas com contatos exagerados.

Coroa metalocerâmica:Desgaste vestibular: 1,5  mm.
Desgaste lingual/palatino: 1,2 mm a 1,5 mm.

Coroa metaloplástica:Desgaste vestibular: 1,5 mm.
Desgaste lingual/palatino: 1 mm.

Coroa total metálica:
Desgaste vestibular: 1mm
Desgaste lingual/palatino: 1mm

4- Integridade das margens.
A restauração só poderá subsistir no meio biológico bucal se suas margens estiverem estreitamente adaptadas á linha de terminação cavosuperficial do preparo.

A configuração da linha de terminação do preparo determina a forma e quantidade de material a ser colocado na margem da restauração. Também pode influenciar a adaptação das margens e o grau de ajuste da restauração.


Biselamento da linha de terminação: é um meio de diminuir a discrepância marginal.


Linhas de terminações

Da esquerda para direita: chanfro, chanfrete, ombro, ombro com angulo interno arredondado, ombro com bisel e lâmina de faca. ( Clique na imagem para ampliar.)

Coroa metalocerâmica:chanfro largo com bisel.
Broca tronco cônica mais larga + tronco cônica afilada.
Chanfro simples na margem língual.

Coroa metaloplástica:
degrau com bisel ou chanfro ( tronco cônica reta + afilada)
chanfro simples ( tronco cônica arredondada.)

Coroa total metálica:
chanfro simples com broca tronco cônica arredondada.


RESUMO DOS DESGASTES DOS PREPAROS:

COROA METALOPLÁSTICA DE DENTES ANTERIORES:
1 mm palatina.
1,5 mm vestibular.
2 mm incisal.
1,2 mm lingual.
2 mm oclusal.

DESGASTES DENTES POSTERIORES:
Coroa metalocerâmica:

Oclusal:
Desgaste nas cúspides de corte: 2,0 mm.
Desgaste nas cúspides de suporte: 1,5 mm.
Axial:
Desgaste vestibular: 1,5  mm.
Desgaste lingual/palatino: 1,2 mm a 1,5 mm.
Linha de término:
chanfro largo com bisel.
Broca tronco cônica mais larga + tronco cônica afilada.
Chanfro simples na margem língual.

Coroa metaloplástica: 
Oclusal:

Desgaste nas cúspides de corte: 1,5 mm.
Desgaste nas cúspides de suporte: 1 mm.
Axial:
Desgaste vestibular: 1,5 mm.
Desgaste lingual/palatino: 1 mm.
Linha de término:
degrau com bisel ou chanfro ( tronco cônica reta + afilada)
chanfro simples ( tronco cônica arredondada.)

Coroa total metálica:
Oclusal:

Desgaste nas cúspides de corte: 1,5 mm.
Desgaste nas cúspides de suporte: 1 mm.
Axial:
Desgaste vestibular: 1mm
Desgaste lingual/palatino: 1mm
Linha de término:
chanfro simples com broca tronco cônica arredondada.

Fonte: Caderno e "Fundamentos de prótese fixa - Shillinburg.

domingo, 25 de novembro de 2012

Remontagem de modelo (Prótese Fixa)


Remontagem - montagem de um novo modelo.
Indicação:
- Alteração do modelo de trabalho.
- Dentes com mobilidade.
- Desgaste dos troquéis.
- Próteses extensas.
- Alterações pós-soldagem.
- Aplicação do revestimento estético.
- Refinamento no ajuste oclusal.


Técnica: posicionamento da infra-estrutura, ajuste preciso entre estruturas.

Metalocerâmica:
moldagem: alginato ou silicona
isolamento dos retentores
preenchimento com RAAQ
colocação de retentores internos.
vazar o gesso.

Coroa de vernez: preencher retenções com cera.

Guia em  godiva e pasta zinco-eugenpilica.
isolamento dos retentores com vaselina sólida.
preenchimento com vaselina RAAQ e colocação de alfinete para retenção.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Exodontias complicadas (cirurgia oral)


Exodontias complicadas ( Cirurgia Aberta)
-Técnica aberta para extração de dentes unirradiculares.
O primeiro passo é providenciar visualização e acesso adequado através de um retalho mucoperióstico suficientemente amplo.
Na maioria das situações um retalho em envelope com extensão de dois dentes posteriores e um dente anterior ao dente a ser removido é o suficiente.
Se for necessário uma relaxante deve ser localizada no mínimo a um dente anterior ao dente a ser extraído.
Uma vez que um retalho foi destacado adequadamente o cirurgião deve avaliar a necessidade de remoção de tecido ósseo.

Primeiro o cirurgião deve colocar o fórceps sob visão direta alcançando assim maior vantagem mecânica e removendo o dente sem remover o osso.

A segunda opção é colocar o fórceps sob a cortical bucal para obter maior vantagem mecânica e abarcar a raiz do dente, o dente é luxado o suficiente sem que o osso adicional seja removido e uma porção de osso bucal é removido junto.

A terceira opção é utilizando a alavanca reta empurrando-a para baixo ao longo do espaço do ligamento periodontal.

A quarta e última opção é prosseguir com remoção óssea sobre a área do dente, a maioria dos cirurgiões preferem uma broca para remoção óssea (zecrya), a largura do osso a ser removido é a mesma da dimensão mésio-distal do dente no sentido horizontal. No sentido vertical a remoção é meio ou dois terços da raiz, essa remoção óssea reduz bastante a força necessária para luxar o dente e torna mais fácil para remoção.
As margens são examinadas a fim de se evitarem irregularidades e espículas ósseas  é feita irrigação com solução salina e suturado.


Pode-se usar uma alavanca pequena como calçadeira para luxar uma raiz fraturada. Ao usar um elevador reto nessa opção em posição, a mão deve estar firmemente apoiada nos dentes adjacentes para evitar deslizes inadvertidos do instrumento e posterior traumatismo dos tecidos adjacentes.


Se a fratura da raiz ocorreu no nível do osso, a ponta ativa vestibular do fórceps pode ser usada para remover pequena porção de osso ao mesmo tempo em que prende a raiz.


Técnica para extração aberta de dentes multirradiculares:

A mesma técnica empregada para dentes unirradiculares é usada a principal diferença é que o dente pode ser dividido (odontosecção) com uma broca, para converter um dente multirradicular de duas ou três raízes em dentes unirradiculares.
Raízes residuais são divididas a fim de facilitar a remoção por alavanca.

O primeiro molar inferior com coroa intacta é seccionado no sentido vestíbulo-lingual dividindo o dente em duas metades, realiza-se também incisão em envelope e remove-se um pouco da crista óssea, após o dente ser seccionado ele é luxado com o uso de uma alavanca reta e o dente seccionado é tratado como um pré-molar inferior e removido com o fórceps universal inferior

A técnica cirúrgica consiste com descolamento de um retalho adequado, o cirurgião seleciona um retalho em envelope ou um retalho triangular de acordo com necessidades de acesso e preferência.
Após a secção do dente utiliza-se a alavanca reta pequena para luxar e mobilizar as raízes seccionadas.
Se a coroa do dente for seccionada usam-se fórceps universais inferiores ou superiores  (150, 151) a fim de remover porções individuais do dente seccionado.
Se não houver coroa as alavancas retas e triangulares são empregadas para elevar a raiz do alvéolo, depois que o dente e todas as raízes forem removidos o retalho é reposicionado e a área cirúrgica é palpada para ver se há margens cortantes caso haja remover com limas, a ferida é irrigada, e remove-se fragmentos de dente, osso, cálculo ou outros resíduos.

Um outro método para remoção do primeiro molar inferior consiste em realizar um retalho e remover uma quantidade suficiente de osso vestibular até expor a bifurcação, utiliza-se uma broca para seccionar a raiz mesial do dente e transformar o molar em um dente unirradicular a raiz remanescente é elevada do alvéolo com uma alavanca cryer.

Se o molar mandibular não tiver coroa o processo se inicia com o descolamento de um retalho em envelope e a remoção de uma pequena quantidade do osso alveolar.  A broca é usada para dividir as raízes em componentes mesial e distal. A alavanca reta pequena é usada para luxar e a de crane para avulsionar a raiz.

Uma incisão em envelope é rebatida, e pequena quantidade de osso da crista alveolar é removida para expor a bifurcação. A broca é usada para seccionar o dente e, duas metades, mesial e distal. Depois pode-se utilizar do forceps universal para remover as 2 partes separadamente.


A extração dos molares maxilares com raízes vestibulares e palatina amplamente divergentes exigem força excessiva, durante a extração pode ser feita de forma mais cautelosa dividindo as raízes em várias partes. Se a coroa do dente está intacta as duas raízes vestibular são seccionadas do dente e a coroa é removida junto com a raiz palatina, descola-se um retalho em envelope padrão e remove-se pequena quantidade de osso alveolar para expor a área de trifurcação.

Remoção de fragmentos das raízes e de ápices radiculares:
Caso ocorra fratura do terço apical de 3 a 4mm da raiz durante uma extração fechada deve se usar um processo metódico para remover o fragmento da raiz do álveolo, caso não consiga remover por técnica fechada são duas as técnicas abertas.

A primeira consiste basicamente de uma extensão da técnica para remoção cirúrgica de dentes unirradiculares.
Técnica: Um retalho mucoperióstico é descolado e afastado com destaca periósteo o osso é removido com cinzel ou uma broca para expor o osso vestibular da raiz. Liberado com uma alavanca reta pequena. A ferida é irrigada o retalho é reposicionado e suturado.

Segunda técnica (Janela Aberta):
Um retalho de tecido mole e descolado de maneira usual e a área do fragmento apical e localizada o osso sobre a área do ápice é removido com broca expondo o fragmento radicular em seguida o instrumento é inserido na janela e o dente empurrado para fora do alvéolo.

fonte: cirurgia oral e maxillofacial contemporânea.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Instrumental para cirurgia oral - Parte 2

Instrumental básico para cirurgia oral - Parte 2
Alavancas Dentárias:
- Um dos mais importantes instrumentos usados para a extração dentária é a alavanca. Esse instrumento  é utilizado para luxar os dentes (soltá-los) do osso circunjacente.
- A ação de luxar dentes antes da aplicação do fórceps, torna, com frequência uma extração difícil em fácil.
-A alavanca reta é a mais utilizada para luxar dentes.
-A lâmina da alavanca reta tem uma superfície côncava em um dos lados, a fim de que ela possa ser usada da mesma forma que uma calçadeira de sapatos.
               
Alavanca reta.


- A segunda alavanca mais utilizada é a triangular ou com forma de bandeira. Essa alavanca é fornecida em par, uma direita e uma esquerda.
- É mais usada quando uma raiz fraturada permanece no alvéolo dentário e o alvéolo adjacente esta vazio.


Alavanca Cryer, triangular.

- O terceiro tipo de alavanca utilizada é a alavanca do tipo apical, utilizada para remover raizes.
- A versão robusta desse instrumento é chamada de alavanca de Crane.
- Esse instrumento é empregado como uma alavanca para elevar a raiz fraturada do alvéolo dentário.


Alavanca Apical, é um instrumento usado para elevar raizes, após ter sido preparado um ponto de apoio com a broca.

Fórceps para Exodontia:

Esses fórceps são projetados em várias formas e configurações para que se adaptem a variedade de dente que eles são usados.
Os fórceps maxilares são segurado de forma que a ponta ativa fique para cima e os da mandíbula de forma que a ponta fique para baixo.


A ponta ativa é desenhada de forma que a ponta ativa se adapte a raiz dental próxima a junção da coroa e raiz.
São projetadas para se adaptarem a estrutura radicular e não a coroa.
Pontas ativas se apresentam desenhadas para dentes, uni, bi e trirradiculares.

Fórceps para MAXILA:

Requer uso de instrumentos desenhados para dentes unirradiculares e trirradiculares.
Os incisivos, caninos e pré-molares são considerados unirradiculares, embora o primeiro pré-molar frequentemente apresente uma raiz bifurcada, mas como isso ocorre no terço cervical, não influência no desenho do fórceps.

Após a luxação frequentemente os dentes unirradiculares são removidos com o fórceps "universal maxilar" número 150.

Fórceps universal maxilar 150.

O fórceps 150A  modificado é útil para os pré-molares e não deve ser usado nos incisivos.

FÓRCEPS 150A
Os molares maxilares possuem uma raiz palatina e duas vestibulares.
Fórceps para para molares do maxilar se apresentam em pares ( direito e esquerdo).
Mais utilizados são os fórceps número 53  (53L e 53R) L = esquerda R= direita.Esses fórceps são desenhados para se adaptarem anatomicamente a raiz palatina, e a ponta ativa pontiaguda para se adaptar a bifurcação vestibular.


Fórceps 53L


Fórceps 53R


Fórceps número 88 ou chifre de vaca:  Indicado para molares extremamente cariados.
As pontas ativas afiadas podem alcançar mais profundamente a trifurcação e tocarem a dentina, porém destroem a crista óssea alveolar.

Fórceps número 88 ( Chifre de Vaca)


FÓRCEPS PARA MANDÍBULA:

A mandíbula requer fórceps que se adaptem a dentes unirradiculares, caninos, incisivos e pré-molares, e dentes birradiculares molares.

Fórceps número 151 "universal inferior"  para dentes unirradiculares.




Fórceps 151 universal.


Fórceps número 151A (modificado) indicado para pré-molares mandibular.

Fórceps 151A





Molares mandibulares: como a bifurcação ocorre na lingual e vestibular, requerem apenas 1 instrumento para os dois lados.
Para molares são utilizados o fórceps de número  17  e para molares com raizes fusionadas e cônicas são usadas o número 151.

Fórceps 17.


Fórceps 17.


Fórceps 23 chifre de vaca:  esse insrumento é projetado com duas pontas bastante pontagudas que entram no interior da bifurcação do molar inferior. Após o fórceps ter sido posicionado corretamente, o dente é elevado pelo afastamento simultâneo dos cabos do fórceps. As pontas são pressionadas no nterior da bifurcação, usando as corticais vestibular e lingual como fulcros, e o dente é literalmente jogado para fora do alvéolo.

Fórceps 23 - chifre de vaca.


SISTEMA DE BANDEJAS PARA INSTRUMENTOS:

- Pacote básico para cirurgia inclui: carpule para anestesia local, uma agulha, um tubete anestésico, um descolador perióstico número 9, uma cureta periapical, uma alavanca reta pequena e grande, pinça universitária, hemostato curvo, pinça de campo, afastador minnesota ou de austin , uma ponta de aspiração, e um pacote de gaze, e o fórceps necessário.

- Bandeja para extração cirurgica: Inclui itens do pacote básico mais, porta agulhas, fio de sutura, tesoura de sutura, cabo e lâmina de bisturis, pinça de tecido de Adson, lima para osso, afastador de língua, par de alavanca CRYER, pinça Goiva e uma peça de mão e broca.
obs: Estes instrumentos permitem a incisão e o descolamento do tecido mole, remoção do osso, odontosecção, remoção de raízes, debridamento da ferida e a sutura do tecido mole.

- Bandeja pós operatória: Itens necessário para irrigação e remoção de suturas. Inclui: tesoura, pinça de algodão, seringa para irrigação, cotonete , gaze e ponta de aspiração.


fonte: Cirurgia Oral e Maxillofacial contemporânea "Peterson" 

Instrumental para cirurgia oral - Parte 1

Instrumentação para cirurgia oral básica:



- Lâminas de bisturi:

Número 10:

Incisões maiores  na pele em outras partes do corpo.

Número 11:

Pequenas incisões perfurantes e também incisar abscessos.

Número 12:
- A curva é útil para procedimentos mucogengivais nos quais as incisões são feitas na face distal dos dentes ou na área da tuberosidade.

Número 15:
- Mais empregada na cirurgia intraoral.
- Utilizada para fazer incisões ao redor dos dentes e nos tecidos moles.

Para a montagem do bisturi é usado o porta agulhas.

Para remover o bisturi encaixe o porta agulhas na parte mais posterior da lâmina, desencaixe depois remova-o , prendendo o na parte com maior diâmetro.

Elevando o mucoperiósteo:
-
O osso cortical subjacente deve ser descolado em 1 só camada.
Elevador mucoperiósteo molt número 9

- Parte pontiaguda:  útil para iniciar o descolamento e descolar papila gengival entre os dentes.
- Parte arredondada: coninuar o descolamento.
- Pode ser usada com movimentos de alavanca, isso quando estiver descolando a papila dental.
- O segundo método é o movimento de empurrar, na qual a parte pontiaguda ou a parte mais larga é forçada para baixo do periósteo separando o do osso.

Afastando o tecido mole:
- Afastadores mais populares:

Afastador Minessota.


Afastador Austin.




- São usados para afastar língua, bochecha e retalhos mucoperiósteos com objetivo de fornecer visibilidade e acesso durante a cirurgia.
- Também podem auxiliar na proteção do tecido mole.
obs: Podem separar bochecha e retalho simultaneamente. Antes de ser feito o retalho o afastador aparta a bochecha depois de o retalho ter sido descolado, a borda do afastador é apoiada sobre osso, e então utilizada para separar o retalho.

Apreendendo tecidos moles:

- A mais comumente utilizada é a pinça de Adson.
- Pinças com dentes são mais delicadas.
- Cuidado ao manusear o tecido não prender com muita força.
Pinça de adson sem dente.


Pinça de adson com dente.



-
Quando se trabalha na posterior a pinça de Adson é muito curta, a pinça mais longa é a pinça Stillis que é semelhante a universitária medindo de 18 a 22 cm.
- É conveniente utilizar a pinça universitária que também é um excelente instrumento  para pegar objetos e corpo estranho na boca.
Pinça algodão (universitária)


- Para a remoção de grande quantidade de tecido e biópsias é utilizada a pinça de ALLIS
Pinça ALLIS


Controlando Hemorragias:
-
Para maioria das cirurgias dentoalveolares, manter a pressão sobre a ferida geralmente é suficiente para controlar o sangramento;
- Quando isso não é suficiente é útil a pinça hemostática.
- O mecanismo de travamento permite ao cirurgião prender o instrumento a um vaso e depois largar o instrumento, que se manterá preso ao tecido útil quando planeja-se ligar o vaso com sutura e cauterizar.

Pinça hemostática.





Removendo Ossos:

-
Pinças goivas:
* Mais utilizadas.
* Possuem lâminas afiadas.
* Mecanismo incorporado, instrumento abre quando a pressão manual diminui.
* Existem 2 tipos, de corte lateral e de corte lateral terminal.
Pinça Goiva.



- Martelo e cinzéis:  Remoção de Torus palatino e mandibular.



 Cinzél.


Lima para osso: O alisamento do osso antes da sutura é obtido com essa lima, com movimentos de puxar e empurrar, causa esmagamento e brunidura.

Lima para osso.



Removendo tecido mole da cavidade óssea:

- A cureta que é frequentemente utilizada é a cureta periapical.
Sua principal função é a retirada de granulomas e pequenos cistos das lesões periapicais, porém também utilizada para remoção de pequenas quantidades de tecido de granulação do álveolo dental.

Cureta periapical.



Mantendo a boca aberta:

- Abridor de boca MOLT: deve ser usado preferencialmente em pacientes sedados ou que apresentem trismo brando, pode forçar os dentes e a ATM.
- Em procedimentos de longo período retirar frequentemente para que o paciente movimente a mandíbula e descanse os múculos por curto período de tempo.

Abridores de boca.




Mantendo o campo cirúrgico em posição:
- Pinça de Campo ou BACKAUS: é utilizada para manter os campos operatórios em posição.

Pinça Backaus

Irrigação:
- Para remoção de osso com peça de mão é usado uma seringa plástica com agulha romba de calibre 18.


fonte: Cirurgia Oral e MaxilloFacial Contemporânea. "Peterson" 

PARTE 2

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Formas de uso do flúor ( Odontopediatria II )


FORMAS DE USO DO FLÚOR:

Uso sistêmico:
- Água fluoretada: as pesquisas mostram ao redor de 60% na redução da incidência de cárie quando esse método era utilizado em décadas passadas, onde era praticamente a única forma de uso do flúor.
- Pessoas que não usam flúor possuem cerca de 0,01 ppm a 0,02 ppm de flúor na saliva enquanto quem usa água fluoretada possui ao redor de 0,5 ppm.
- Essa quantidade já é importante para interagir no ciclo Des e RE.
- No Brasil 0,07 ppm  de flúor na água de abastecimento.

Uso tópico:
- Algumas indicadas para auto aplicação, como os dentifrícios e enxaguantes, e outras para uso profissional, tais como géis e vernizes.

Dentifrícios:
- É a forma tópica mais utilizada na atualidade e inúmeros trabalhos comprovam sua eficácia. Reduz a prevalência de cárie ao redor de 24%.
- Concentração de 1.000 a 1.100 PPM de flúor.
- 1.500 ppm de Flúor aumenta a prevenção de cárie entre 10 e 12%.
- Colgate Barney 500 ppm mais e mais ác. Equivale a 1000 ppm pois provoca aumento da formação de CAF2 ( indicado para crianças até 3 anos.)

- A principal preocupação com o uso de dentifrícios ocorre na infância, pois os dentes estão em formação e a ingestão em excesso pode levar a fluorose (alteração na translucidez e linhas brancas horizontais nos casos mais leves)

-Cuidados para prevenir a ingestão:
não deixar ao livre alcance da criança.
orientação pais e responsáveis.
indicar dentifrícios com baixa concentração de flúor 500 a 1.100 ppm.
recomendar que se coloque o dentifrício no sentido de menor tamanho da escova (técnica transversal)
não escovar de estômago vazio. (maior absorção do flúor.)

Enxaguantes:
Não é dos mais empregados.
-Vantagens: praticidade, pode ser útil em programas de saúde pública, supervisionado por pessoal treinado.
- Para uso diário concentração de 225 ppm de Flúor.
- Para uso diário semanal 900 ppm de flúor.
Quantidade recomendada de 7 a 10 ml.
Não recomendável para crianças com menos de 6 anos.


Aplicação tópicas profissionais:

GEL:
Basicamente duas formas são utilizadas:
-NaF a 2% (9.000 ppm de Flúor) com pH neutro.
- Fluorfosfato Acidulado 1,23% (12.300 ppm de flúor), pH ao redor de 3,5 tem sido o mais utilizado devido a maior concentração e ácido formando mais CaF2.
Exceções para indicar esses materiais é em pacientes que apresentam restaurações estéticas (manchamento das restaurações), nesses casos é indicado com pH neutro.

Técnica:
-Profilaxia.
 –isolamento relativo e sugador.
 –secagem dos dentes .
–aplicação do material por 1 a 4 minutos preferencialmente com uso de moldeiras, colocando cerca de 2,5g do material em cada uma .
– retirar moldeira e remover excesso do gel  .
-orientar paciente a cuspir bastente .
– orientar a criança para não ingerir nada, líquido ou sólido, nos 30 minutos após a aplicação.

Mousse ou espuma:
Composição semelhante ao fluorfosfato acidulado em gel, mas é apresentado na forma de mousse e tem consistência que lembra espuma de barbear.
Como se enche de ar quando colocado na moldeira coloca-se menos produto, mais seguro em crianças jovens.
Entretanto forma menos CaF2.
A técnica é a mesma do gel.

Vernizes:
São produtos de alta concentração, liberam o flúor mais lentamente que os géis, liberação que dura até 12 horas.
Faz com que o produto provoque quantidade menores de flúor no plasma em comparação com gel de FFA, sendo interessante para crianças com pouca idade.

Duas formas são as mais encontradas no Brasil:
- Verniz neutro de NaF, contendo 2,26% de Flúor, equivalente a 22.600 ppm de flúor. (Duraphat, Fluorniz, Duraflou, Biophat) e outro composto de fluorsilano com pH acidulado com 0,1 % de flúor ou seja 1000 ppm de flúor (Fluorprotector)

Técnica:
- Profilaxia
- Secagem
- Uso de sugador e isolamento relativo ou afastador.
- Aplicação com pincel ou microbrush (cuidado para retirar roletes de algodão, pode gotejar água para que não grudem no verniz.)
- Orientar para não ingerir alimentos sólidos por 4 horas.
- Orientar para não escovar os dentes por 12 horas.

Como indicar ?
Dois fatores principais devem ser considerados para essa indicação: a atividade de cárie, ou risco de desenvolve-la e a idade, devido ao perigo de ingestão.

Para indivíduos sem atividade de cárie e com baixo risco, por exemplo, aqueles que higienizam adequadamente os dentes, tem dieta pouco cariogênica e não tem histórico passado de cárie dentária apenas o dentifrício fluoretado é suficiente; alguns indicam o uso tópico profissional para permitir maior controle.

Se a criança apresenta atividade de cárie, mas ainda com poucas lesões ou encontra-se numa fase onde o risco de desenvolver a doença é alto, por exemplo: ingresso em uma escolinha ou creche ( onde nem sempre é possível controlar a dieta) ou época de erupção de molares permanentes, pode-se, indicar além do dentifrício, alguma forma de uso tópico profissional. Essa forma depende da preferência do profissional e pode ser influenciada pela idade da criança, pois é muito mais fácil usar o verniz que o gel numa criança de pouca idade.

Independente da forma escolhida deve-ser feita trimestralmente e com cuidadado para prevenir ingestão.

No caso da erupção do molar permanente, se a criança apresenta lesões de cárie na dentição decídua, se é cárie ativa, o verniz pode ser utilizado mensal ou semanalmente.

Pode se optar; naqueles casos de erupção de molar permanente em que a criança não tem lesões de cárie na dentição decídua, de aliar ao dentifrício, o uso de enxaguante e não da aplicação profissional.

Se a criança está com atividade de cárie bastante evidente, com muitas lesões, caracterizando um quadro de cárie aguda generalizada, e ou com lesões brancas ativas, indica-se juntamente com o dentifrício (geralmente um convencional com 1.100 ppm) uma terapêutica chamada terapia de choque com uso intenso de flúor nas primeiras semanas.

Pode-se utilizar gel, mousse ou verniz, e indica-se no primeiro momento aplicações semanais durante um mês  (4 aplicações), seguida por 3 aplicações mensais e reavaliação do controle da doença, para decidir se continua aplicando mensalmente ou podem ser dados intervalos de 3 meses.

Ação do Flúor e Processo DES e RE. ( Odontopediatria II)



Uso do flúor na clínica odontopediatrica.
O flúor é sem dúvida o principal auxiliar químico na prevenção da cárie.

Ação do flúor:
- Esmalte é composto basicamente por cristais de hidroxiapatita, que contém cálcio e fosfato na sua composição. O esmalte em geral encontra-se em equilíbrio dinâmico com a saliva, liberando ou ganhando cálcio e fosfato do meio, dependendo das variações de PH da saliva. Essas trocas de ións cálcio e fosfato ocorrem constantemente, ou seja, a saliva e o esmalte estão o tempo todo trocando ions entre si.

- Normalmente, o meio bucal possui pH próximo ao neutro  > que 5,5.
- Nessa situação a saliva encontra-se em condições de super saturação em relação ao produto de solubilidade de hidroxiapatita.
- Isso quer dizer que o esmalte irá ganhar cálcio e fosfato, pois há mais desses ións na saliva do que no esmalte.
-  É chamado mineralização pois o esmalte estará recebendo ións da saliva na forma de cristais de hidroxiapatita.

- Quando o pH diminui (abaixo ou igual a 5,5) as condições de saturação da saliva se alteram (inversão).
- Nessa situação há mais ións fosfato e cálcio no esmalte do que na saliva, então a tendência é o dente perder esses ións para a saliva tentando manter o equilíbrio.
- Se isso ocorrer por tempo prolongado (ex: consumo excessivo de alimentos açucarados) a perda constante de ions irá promover a desmineralização do esmalte e poderá desenvolver uma lesão de cárie.

-Caso essa situação não perdurar por longo tempo, e o pH retornar ao normal (> 5,5) haverá restabelecimento da supersaturação da saliva e o dente voltará a ganhar ións cálcio e fosfato perdidos na forma de hidroxiapatita, é o que se denomina remineralização.
-Esses fenômenos DES E RE ocorrem constantemente no meio bucal.

- O flúor age reduzindo a solubilidade do esmalte, pois forma cristais de esmalte fluoretados. (fluorapatita e hidroxiapatita fluoretada).
- Quando o flúor está presente no meio bucal e a saliva se encontra com pH > ou = a 5,5, a saliva é supersaturada  em relação ao produto de solubilidade da hidroxiapatita e também ao produto de solubilidade da fluorapatita, cujo pH  crítico para dissolução é 4,5.

- Novamente é como se houvesse mais desses ións na saliva (cálcio, fosfato e flúor), a tendência é o dente ganhar esses ions sob a forma de hidroxiapatita; devido a presença de flúor, que favorece a deposição de cálcio e fosfato, também ocorrerá a deposição de fluorapatita/hidroxiapatita fluoretada.

- Quando o pH diminui, devido a ingestão de açúcar, para um pH < ou = a 5,5, a saliva fica subsaturada em relação a solubilidade da hidroxiapatita. Entretanto a saliva continuará saturada em relação ao produto fluorapatita ou apatita fluoretada.

- Isso quer dizer que apesar de o dente perder ións cálcio e fosfat devido a dissolução de hidroxiapatita, o esmalte continuará ganhando os mesmo ións na forma de fluorapatita.
- O flúor diminui a solubilidade do esmalte, pois funciona como catalisador desses ións perdidos na forma de hidroxiapatita, devolvendo ao dente na forma de fluorapatita ou apatita fluoretada.

- O flúor apresenta essa capacidade catalisadora até um pH > ou = a 4,5. Abaixo desse pH  nem o flúor consegue agir.
- Nessa situação a saliva se encontrará subsaturada em relação a solubibilidade da hidroxiapatita e fluorapatita.
- Estará perdendo minerais o que irá resultar numa lesão de cárie incipiente, tipo lesão branca ( opaca e sem brilho).

- Portanto na prevenção de cáries dentária, o uso do flúor tem um papel relevante, pois aumenta a resistência do esmalte, tornando-o menos solúvel.
- Ele influência na maturação do esmalte logo após sua erupção, interfere no biofilme, principalmente, favorece a remineralização do esmalte como foi explicado.

Fonte: Resumo CAP 7 “ Manual de Odontopediatria “ Guedes Pinto.

MUITO BOM ESSE CAFÉ !!!

Tipos de traumatismos de dentes decíduos (Odontopediatria II)


TIPOS DE TRAUMATISMOS E ORIENTAÇÕES BÁSICAS:

O traumatismo dental pode ser dividido em lesões nos tecidos duros do dente, e lesões nos tecidos de suporte.


Lesões dos tecidos duros dos dentes;

Apesar de a estrutura dura do dente ter recebido a maior parte da força do impacto do traumatismo, que se dissipou a linha de fratura, o periodonto também absorve parte dela, podendo necessitar tratamento.

Tipos de lesões dos tecidos duros:

-Trinca ou fratura incompleta de esmalte.
TTO: acompanhamento e em caso de sensibilidade flúorterapia.

-Fratura de esmalte:
TTO: restauração com resina composta, caso não comprometa a estética lixar e aplicar flúor.


Fratura de esmalte.

-Fratura de esmalte e dentina sem exposição pulpar:
TTO: proteger a dentina com material adesivo e restaurar com resina composta.
Caso tragam o fragmento dental, colar.
Em atendimento tardio verificar a viabilidade pulpar e presença de lesão apical.

Fratura de esmalte e Dentina.


-Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar:
TTO: reabilitação endodôntica e coronária.
Em caso de rizogênese incompleta pulpotomia com pasta guedes para dar continuidade a formação da raiz.
Em caso de rizogênese completa fazer pulpectomia.

Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar.
-Fratura corono radicular:
TTO: Nos níveis apicais e médios sem deslocamento e mobilidade da coroa, fazer acompanhamento.
Com mobilidade e/ou deslocamento, contenção semi-rígida de 14 a 21 dias e acompanhamento.
Quando a exodontia é indicada nem sempre o fragmento é removido devido ao risco de lesar o germe do dente permanente se opta por deixa-lo e fazer acompanhamento.

Fratura corono radicular
Lesões dos tecidos de suporte dos dentes;Os traumatismos das estruturas periodontais necessita da reparação do organismo do paciente, por isso o tratamento imediato é imprescindível.
As fibras periodontais precisam de condições para recuperar sendo que os primeiros 7 a 10 dias são os mais importantes pois a recuperação ocorrem nesse período.
Manter a área limpa e o dente pode ou não necessitar de reposicionamento e contenção.
Orientações básicas para casos que tenham lesado estruturas periodontais:
* manter área limpa caso não seja possível fazer a higienização com a escovação, usar gaze e solução anti-séptica ( ex; H2o oxigenada 10 vol ou solução a base de clorexidina)
* Manter a região em repouso: não morder na região, ter alimentação pastosa e evitar a sucção de dedo chupeta ou mamadeira.

-Concussão:
Pequeno traumatismo ao periodonto, com hemorragia e edema do ligamento periodontal, sem deslocamento e mobilidade.
TTO:  orientações de limpeza e repouso durante uma semana, acompanhamento clínico e radiográfico.
Subluxação:  traumatismo do periodonto, com ruptura de algumas fibras do ligamento periodontal, ocasionando afrouxamento anormal.
O dente pode apresentar mobilidade mas sem deslocamento aparente. (ou seja sem que esteja em uma posição diferente da que se encontrava antes do trauma).
TTO: semelhante ao da concussão, orientações de repouso da região e limpeza durante 1 semana, acompanhamento clínico e radiográfico para observar alterações futuras.

Subluxação 

Luxação lateral: 
o dente pode apresentar esse tipo de deslocamento e o indicado é seu reposicionamento e sua contenção.


Luxação lateral

-> Contenção: auxilio para manter o dente em posição e em repouso, devendo ser flexível ou semi- rígida onde poderá ser feito com fio de nylon ou de aço e resina composta , no terço médio das faces vestibulares dos dentes, devendo ter de um a dois dentes de suporte de cada lado do dente traumatizado, por 14 a 21 dias mantendo a integridade dos tecidos e proporcionando condições de limpeza.

Contenção semi rígida

Obs: caso o paciente chegue para atendimento após 3 semanas dificilmente a contenção surtira efeito pois a cicatrização dos ligamentos periodontais iniciarão de forma errada.

Luxação extrusiva: 
Deslocamento do dente no sentido axial com saída parcial do alvéolo. (ou seja saída parcial do dente do alvéolo)



Tratamento imediato: consiste em redução da luxação reposicionamento do dente e contenção flexível ou semi-rígida por 14 a 21 dias.
Tratamento mediato: não existe possibilidade de se fazer o reposicionamento do dente, então se ainda apresentar mobilidade com possibilidade de recuperar as fibras periodontais pode ser realizada a contenção. E caso atrapalhe a oclusão pode ser feito desgaste incisal.


Luxação intrusiva: Deslocamento do dente para dentro do alvéolo, havendo compressão ou fratura do processo alveolar.

Tratamento:  deve se fazer um exame clínico cuidadoso de palpação no fundo de sulco, para verificar a possibilidade de fratura da tábua óssea V. pelo impacto da intrusão do ápice do dente, exames radiográficos oclusal modificado e lateral.
Em casos favoráveis a conduta inicial é a espera pela reerupção passiva 15 a 30 dias.
Orientando aos responsáveis para remoção de hábitos de sucção, dieta pastosa, higienização com gaze embebida em água oxigenada, ou outra solução anti séptica, até que possa utilizar a escova, caso o dente intruido lese o germe deve ser removido.

Avulsão:Deslocamento total do dente para fora do alvéolo.
O reimplante do dente decíduo só deve ser realizado se existirem condições muito favoráveis.
A tentativa para reimplante de dente decíduo deve ser criteriosa, o tempo extra alveolar deve ser o menor possível, o dente deve chegar hidratado (em solução); o profissional deve avaliar as condições de trabalho, condições de controlar a criança e executar a contenção, realização de tratamento endodôntico na próxima sessão e a concordância do responsável de seguir a risca as recomendações de higiene, repouso dental com remoção de hábitos de sucção e alimentação pastosa, uso de medicamentos (antibióticos e analgésicos), assim como estar ciente que o tratamento pode não ter resultado positivo.

Então a reabilitação protética geralmente é realizada por meio de aparelho mantenedor de espaço estético funcional removível é a solução.

Em todos os casos de traumatismo, o tratamento deve se preocupar com a manutenção do dente e sua reabilitação, a fim de manter o equilíbrio na dentição.

Traumatismo a gengiva ou a mucosa oral, como lacerações (corte), contusão (hemorragia submucosa) e abrasão (atrito) podem ocorrer.
A conduta é a limpeza da área com soro fisiológico para a parte oral e água e sabão para as partes cutâneas e remoção de corpos estranhos.

Traumatismo do osso de sustentação causando fratura do alvéolo dental ou fratura dos maxilares também podem estar associados ao traumatismo dental. O caso deve ser diagnosticado e avaliado a viabilidade de tratamento ou encaminhamento ao especialista CIRURGIÃO BUCO-MAXILO-FACIAL.


OBS: Independente do tipo de trauma sempre fazer acompanhamento clínico e radiográfico por no mínimo 1 ano devido a possibilidade de problemas ao dente permanente que irá entrar em erupção.
Também sempre fazer as orientações básicas de higiene e repouso.
Fonte:
Manual de Odontopediatria (Guede Pinto)
Imagens: http://efodontopediatria.blogspot.com.br

domingo, 11 de novembro de 2012

Classificação de Winter (Cirurgia Oral)

Em 1926, Winter classificou os terceiros molares incluso, baseando-se na angulação do longo eixo do dente incluso em relação ao longo eixo do segundo molar, desta forma, temos (texto retirado do Wikipedia) : 

  • Classe I - Inclusão vertical;


  • Classe II - Horizontal.

  • Classe III - Mesioângulado.

  • Classe IV - Distoangulado:

  • Classe V -  Invertido:

  • Classe VI - Vestibuloangular:

  • Classe VII - Linguoangular:

  • Classe VIII - Exepcionais (fora do processo alveolar):