segunda-feira, 12 de maio de 2014

Anatomia - O crânio (vista posterior)

CRÂNIO - VISTA SUPERIOR

Glossário:
*sutura:  a linha de união entre dois ossos do crânio. É um tipo de articulação fibrosa.
*incisura: depressão em forma de incisão, corte ou entalhe.
*espinhas: pequeno processo pontiagudo.
*forame: buraco, orifício em um osso ou em uma estrutura membranosa.
*fossa: uma depressão larga, arredondada.
*fóvea: uma pequena fossa rasa.
*linha: elevação linear menos saliente que uma crista.
*crista: aresta linear mais saliente que uma linha.
*língula: diminutivo de língua.
*sulco:  um canal sem teto. Uma depressão linear, uma ranhura.
*tuberosidade: uma elevação maior e mais larga que um tubérculo.
*tubérculo: um pequeno túber, um pequeno processo globoso.
*túber: uma elevação larga, grande, maior que uma tuberosidade.

Os ossos que tomam parte na formação da parte posterior do crânio são os dois parietais, o occipital e a área mastóidea dos temporais. Por este aspecto, pode-se ver também a mandíbula.

Alguns acidentes anatômicos visíveis na vista posterior já foram descrito nas vistas superior e lateral. Entretanto, alguns deles podem ser mais bem observados por essa vista. É o caso da sutura lambdóidea, que não raro mostra no seu trajeto um ou mais ossos suturais. A protuberância occipital externa e as linhas nucais olhadas por trás dão uma idéia mais completa da sua forma. O desenvolvimento dessas elevações depende do desenvolvimento da musculatura nucal. O processo mastóideo visto por trás mostra sua delimitação medial bem caracterizada pela incisura mastóidea, onde se prende o ventre posterior do músculo digástrico.

A mandíbula, por esse ângulo de observação, exibe sua face interna. No corpo há uma saliência dupla, irregular, mediana, as espinhas mentonianas, onde se prendem os músculos genioglosso e gênio-hióideo. Acima das espinhas mentonianas localiza-se o forame lingual ou retromentoniano superior que, quando presente, é atravessado por um ramo da artéria sublingual. Mais abaixo, na base da mandíbula e também no plano mediano, outra abertura incostante – o forame retromentoniano inferior -  dá passagem a um ramo do nervo milo-hióideo em 50% dos casos. A fossa digástrica, uma depressão paramediana na base da mandíbula, dá inserção ao ventre anterior do músculo digástrico.

Ao lado das espinhas mentonianas surge uma saliência que à medida que se dirige obliquamente para trás e para cima vai tornando-se mais elevada e termina depois do alvéolo do último molar – é a linha milo-hióidea, onde toma origem o músculo milo-hióideo. A linha milo-hióidea separa duas fossas rasas mal demarcadas: uma súpero-medial, a fóvea sublingual, e outra ínfero-lateral, a fóvea submandibular, assim chamadas por alojarem as glândulas sublingual e submandibular.

Nessa área, nas proximidades dos premolares e molares, pode manifestar-se uma protuberância de caráter hereditário, o toro mandibular, que tende a ser bilateralmente simétrico.



No centro do ramo da mandíbula há um amplo orifício, o forame da mandíbula, que continua interiormente com o canal da mandíbula. Ambos dão passagem ao nervo, artéria e veia alveolar inferior. O forame da mandíbula é limitado anteriormente pela língula da mandíbula, local em que se insere o ligamento esfenomandibular. Uma estreita escavação se inicia no contorno inferior do forame da mandíbula e se estende obliquamente para baixo e para diante, com o nome de sulco milo-hióideo. Aí se alojam o início do nervo e vasos milo-hióideos. Abaixo e atrás do sulco milo-hióideo, já na área do ângulo da mandíbula, econtra-se o campo de inserção do múculo pterigóideo medial, caracterizado por um conjunto de asperezas denominado tuberosidade pterigóidea. Separando-se a mandíbula do crânio, pode-se examinar melhor a face medial do ramo. O processo coronóide é menos liso do que na face lateral; de seu ápice, alonga-se em direção inferior a crista temporal, que termina no trígono retromolar, uma área triangular logo atrás do último molar. Na crista temporal e em toda a face medial do processo coronóide inserem-se o músculo temporal; em algumas pessoas prolonga a inserção até o trígono retromolar. O processo condilar mostra o colo bem evidente e, na sua porção anterior, uma fossa rasa, a fóvea pterigóidea, para a inserção do músculo pterigóideo lateral. Do pólo medial da cabeça (côndilo) da mandíbula parte para baixo e para a frente uma condensação linear, a crista medial do colo.




A porção superior da cabeça da mandíbula corresponde à face articular inferior da articulação temporomandibular. É uma superfície de contorno elipsóide e em forma de tenda, com uma vertente anterior e outra posterior. Na oclusão dos dentes, a vertente anterior choca-se contra a vertente posterior da eminência articular temporal. As alterações de forma e contorno da cabeça da mandíbula são freqüentes, principalmente em indivíduos desdentados idosos.

fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"

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