segunda-feira, 19 de maio de 2014

Anatomia - O crânio (vista interior)

Vista interior do crânio (cavidade do crânio)
Ao se remover a calvária seccionada, deve-se examinar suas bordas (substância cortical, díploe, seio frontal) e por dentro.

Ela é côncava e apresenta depressões como os sulcos arteriais (para ramos da artériameníngea média), o sulco do seio sagital superior que acompanha a sutura sagital e, ao lado deste, as fovéolas granulares que abrigam granulações arcnóideas.

A base do crânio é rica em acidentes anatômicos. Habitualmente, é dividida em três fossas, cada qual em um nível diferente da outra.

A fossa anterior, de nível mais superior, aloja o lobo frontal do cérebro. Tem como limites posteriores a asa menor do esfenóide.

O soalho é, em maior parte, formado pelo frontal e na porção mediana sobressai a crista galli, uma extensão superior da lâmina perpendicular do etmóide, e a lâmina cribriforme, que veicula numerosos nervos olfatórios para a cavidade nasal. Mais atrás o canal óptico, na extremidade do sulco pré-quiasmático, leva a órbita o nervo óptivo e a artéria oftálmica.

A fossa média é formada pelo esfenóide e temporal e acomoda o lobo temporal do cérebro. Seu limite posterior é o dorso da sela e a margem superior da parte petrosa.

No centro da fossa média localiza-se a sela turca, limitada anteriormente por um tubérculo e posteriormente pelo dorso da sela. Entre estes limites está escavada a fossa hipofisária, para a hipófise.
A fissura orbital superior situa-se entre as asas menor e maior do esfenóide; através dela quatro nervos penetram na órbita.

Na asa maior do esfenóide vêem-se enfileirados os forames redondo (nervo maxilar), oval (nervo mandibular) e espinhoso (artéria meníngea média). Posteriormente, a face anterior da parte petrosa mostra, próximo ao seu ápice, uma depressão causada pelo gânglio trigêminal – a impressão trigeminal.

A fossa posterior é a de nível mais inferior. Formada pelo temporal e occipital, aloja a ponte, o bulbo e o cerebelo. O que chama mais atenção é o forame magno.  A sua frente, unido-o ao dorso da sela, encontra-se uma depressão rasa denominada clivo e, mais ao lado, o canal do hipoglosso. 

Posteriormente, localiza-se a ampla fossa cerebelar, separada da do lado oposto pela crista occipital interna, que termina na protuberância occipital interna. É nesta saliência o ponto de encontro de sulcos de seios venosos da dura-máter.

Termina aí o sulco do seio sagital superior e se inicia, de cada lado da protuberância, o sulco do seio transverso, que continua lateralmente como sulco do seio sigmóide até o forame jugular.

Na face posterior da parte petrosa destaca-se o poro acústico interno, que contínua para dentro como meato acústico interno e transmite os nervos facial e vestibulococlear.


As fraturas da base do crânio são extremamente perigosas e podem ser acompanhadas de derrame de líquor, com saída pelo nariz ou orelha, de compressão ou lesão de nervos cranianos, de rompimento de vasos com hemorragia. As hemorragias através da orelha podem ser por fraturas da fossa média do crânio, e as nasais, por fraturas da fossa anterior.


fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"

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